terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Aliados de Serra lançam Alckmin como contraponto a senador

Numa tentativa de criar um contraponto à hegemonia do presidenciável e senador Aécio Neves (MG) dentro do PSDB,...

Numa tentativa de criar um contraponto à hegemonia do presidenciável e senador Aécio Neves (MG) dentro do PSDB, aliados do ex-governador José Serra começaram a defender prévias e citaram o nome do governador Geraldo Alckmin como potencial candidato a presidente em 2014. A movimentação é apontada por tucanos como parte da estratégia para negociar espaço na estrutura partidária para o grupo de Serra.
Em cerimônia de abertura do congresso do PSDB-SP, o senador Aloysio Nunes Ferreira defendeu "trazer todas as forças políticas para reeleger o governador Geraldo Alckmin, se ele não for candidato a presidente".
"(A eleição de) 2014 já começou. Para o PT começou antes. Estão em plena campanha visando à destruição do PSDB. E com um olho desse tamanho para São Paulo", afirmou Aloysio. "Vamos acabar com as futricas internas. Senão, vamos virar um PR. E não somos isso", disse, em referência à legenda aliada do PSDB na eleição paulistana em 2012.
Questionado mais tarde sobre suas declarações, Aloysio voltou a citar Alckmin como presidenciável, mas disse que não se tratava do lançamento do governador como candidato. "Ele é um nome forte, é o governador de São Paulo, é um ser de tradição política, já foi candidato à Presidência", disse. "Não posso falar em nome do Geraldo Alckmin, não estou lançando a candidatura, mas acho que não se pode excluir a hipótese de o Geraldo vir a ser candidato à Presidência."
Alckmin, no entanto, trabalha por sua reeleição e é potencial candidato à Presidência só em 2018. Caso disputasse o Planalto, a vaga para os Bandeirantes seria de Serra, dizem os tucanos.
O grupo serrista articula um movimento de resistência à hegemonia de Aécio na cúpula partidária e, para isso, busca atuar em consonância com Alckmin - o governador tem dito publicamente que a discussão sobre 2014 é precoce, mas em jantar recente com a direção do partido disse que não se oporia à indicação de Aécio como candidato do PSDB.
Neste semestre, os tucanos definem a nova Executiva partidária. Setores do partido defendiam que Serra fosse indicado para a presidência do Instituto Teotônio Vilela (ITV), mas os aecistas querem nomear para o cargo o atual presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra (PE).
A defesa das prévias também entrou na agenda paulista, com o apoio dos serristas - esse movimento, sim, com o aval de Alckmin, que já era defensor da tese. Os paulistas querem que Aécio dispute prévias. "(Candidato) se escolhe. Existem mecanismos democráticos para isso. Qual é o problema se você tiver mais de um candidato?", disse Aloysio.
Serra. O ex-governador não quis falar ontem sobre seu futuro político. Disse que estava numa fase de "descanso" e que voltaria a falar apenas em março ou abril. Serra foi questionado sobre as especulações de que poderia sair do partido para buscar uma legenda pela qual pudesse disputar a Presidência. "Tem tanta plantação e bobagem que qualquer coisa que eu falar..."
Ontem, defendeu o voto distrital e criticou o aparelhamento do Estado feito pelo PT. "Eu me lembro da ideia da certificação de cargos, para que nomeações livres exijam das pessoas indicadas formação, experiência e currículo, que é a maneira de se impedir o loteamento desenfreado da máquina administrativa, como está acontecendo no País."

 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

A coluna Panorama Político (17) do jornal O Globo ILIMAR FRANCO

A coluna Panorama Político (17) do jornal O Globo ILIMAR FRANCO O candidato dos verdes           O ex-deputado Fernando Gabeira (RJ) será a grande estrela do programa do PV hoje, em rede nacional, na TV. Gabeira vai anunciar que seu nome está à disposição para disputar as eleições presidenciais de 2014. No mês que vem, o partido voltará a dar visibilidade a Gabeira em inserções comerciais na TV. Os Verdes decidiram lutar por seu patrimônio político, ameaçado pela avulsa Marina Silva. Temer tranquiliza Dilma A presidente Dilma e o vice Michel Temer conversaram, na segunda-feira, sobre a liderança do PMDB na Câmara. Dilma estava preocupada com o apoio do PMDB. Temer, segundo um relato, foi taxativo: “Fique despreocupada. Ganhe quem ganhar, todos têm compromisso com o governo. Não haverá problema”. O vice relatou ter conversado com os candidatos Eduardo Cunha (RJ), Osmar Terra (RS) e Sandro Mabel (GO) e ressaltou sobre o favorito: “Mesmo o Eduardo Cunha. Consultei a planilha de votações e ele votou todas com o governo. Mesmo no caso da MP da Energia, que ele tinha posição contrária, ele veio e me disse que votaria com o governo”. “Tenho certeza disso (os candidatos a líder do PMDB têm compromisso de apoiar o governo Dilma)” Michel Temer Vice-presidente da República ao responder indagação da presidente Dilma Junta médicaO ex-presidente Lula vai dar início à 3ª. edição da Caravana da Cidadania entre março e abril. Está traçando o roteiro que deve começar por estados do Nordeste. Ele não vai passar por todas as capitais mas, seguramente, por todas as regiões do país. E vai levar a tiracolo médicos para se certificar de que está tudo em dia com a saúde. O espantalho tucano PMDB e PT de Minas Gerais se uniram para ampliar seus espaços no governo Dilma. O estado só tem um ministro, Fernando Pimentel (Desenvolvimento). Dizem que, desse jeito, os mineiros votarão em peso em Aécio Neves. Na marraO Ministério da Saúde está pedindo na Justiça a devolução de cerca de 300 ambulâncias que não estão sendo utilizadas pelas prefeituras país afora. Com isso, o governo irá redistribuí-las para cidades que estejam realmente interessadas. Repactuação O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, volta dos Emirados Árabes dia 25. No dia seguinte, irá a Salvador conversar com o vice-governador Otto Alencar, que tem reclamado de estar sendo desprezado pelo partido. Kassab procura reverter o descontentamento garantindo que ele será candidato ao governo da Bahia, mesmo que isso custe romper a aliança com o PT. Para garantir O presidente em exercício do STF, Ricardo Lewandowski, mandou prender o torturador argentino Cesar Enciso. Ele já está preso a pedido da Itália. Mas, para garantir que não fosse libertado, atendeu a pedido da Argentina. Sem conversa A cada dia mais distante de seu governo, o tucano Geraldo Alckmin (SP) tem procurado lideranças do PSD propondo reaproximação. Mas o partido não quer conversa. Alega que tudo o que é combinado com Alckmin não é cumprido. Os governadores do PMDB Confúncio Moura (RO) e Sinval Barbosa (MT) também decidiram apoiar Eduardo Cunha (RJ) para líder do PMDB, depois de gestões feitas pelo governador Sérgio Cabral (RJ).Dolce Gabbana

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

2014 só em 2014, diz Eduardo Campos após reunião com Dilma

FERNANDA ODILLA
DE BRASÍLIA

Depois de se reunir por mais de uma hora com a presidente Dilma Rousseff na tarde desta segunda-feira (14), o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, foi enfático ao reafirmar que o PSB permanece na base aliada governista em 2013 e que vai ajudar a enfrentar o momento de dificuldade econômica.
Campos, contudo, é uma esfinge ao falar de 2014, ano de eleição presidencial, e da sua própria candidatura à presidente da República, que tem ganhado força dentro do PSB.
Alan Marques/Folhapress
Eduardo Campos, governador de Pernambuco
Eduardo Campos, governador de Pernambuco
"Nós não estamos tratando de 2014 até porque não chegou a hora de tratar de 2014. Estamos tratando de ajudar a presidenta Dilma a vencer o ano de 2013 com a unidade da nossa base", disse, desconversando também sobre a possibilidade de o PSB desembarcar da base aliada governista em 2014.
Questionado se ele se considera preparado e dono de características adequadas para ser o candidato à presidência da República, Campos diz que se trata de uma pergunta ruim para ele próprio responder. "Fica um negócio muito complicado você se fazer uma autoanálise nesse momento", desconversou.

DISCURSO
Nesta segunda, Campos disse não quis também listar as observações sobre a situação econômica do país. Conforme prometido, o governador pernambucano começou a adotar uma postura menos crítica em relação ao governo federal este ano.
"O que interessa ao país nesse momento não é criar dificuldade para a presidenta Dilma, é ajudar a presidenta a vencer as dificuldades que a conjuntura internacional adversa impõe ao mundo e que ela com muita coragem tem enfrentado", disse.
Na reunião com Dilma, segundo o governador, tratou-se de uma agenda administrativa e também de economia.
Segundo campos, Dilma está animada com 2013 e convencida de que o país vai crescer. "Ela está muito segura com relação a essa questão da energia, que esse é um constrangimento que não vamos voltar a ter. Está segura com relação ao crescimento econômico e otimista que as medidas [econômicas] que foram tomadas vão ter repercussão em 2013", afirmou.
NORDESTE
Campos também convidou a presidente para participar de eventos em Pernambuco no próximo mês. Ele não vai, contudo, acompanhar a presidente no périplo dela pelo Nordeste.
Nesta sexta, Dilma vai ao Piauí. Até dia 31 de janeiro tem viagem prevista para passar pelo Ceará, Paraíba e Alagoas. "Ela dia no dia 31 [a Pernambuco], a gente acordou para ir no dia 18 [de fevereiro] para dar tempo dela participar das atividades que eu gostaria que ela participasse", disse o governador.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

08/01/2013 

Serra avalia deixar o PSDB para disputar a Presidência

 
CATIA SEABRA
DE BRASÍLIA

Queixando-se de isolamento dentro do PSDB, o ex-governador José Serra avalia com apoiadores sair da sigla para viabilizar sua candidatura à Presidência da República em 2014.
Segundo aliados, ele ainda não desistiu do sonho de chegar ao Palácio do Planalto, nem que para isso tenha de se filiar a outro partido.
Apesar das dificuldades operacionais, não foi descartada a fundação de uma nova sigla, a exemplo do PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.
A hipótese de mudança foi objeto de discussão nos últimos dois meses, após derrota de Serra na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Dentro do PSDB, o nome mais forte hoje para disputar a Presidência é o do senador Aécio Neves (MG), que é rival de Serra internamente.
Alguns serristas, porém, aconselham o tucano a permanecer na sigla e disputar a indicação com Aécio.
PRAZOS
Uma possível filiação de Serra a outro partido teria que acontecer até outubro --um ano antes das eleições.
Hoje, no entanto, o único abrigo disponível seria o diminuto PPS (13ª bancada da Câmara). Ainda assim, Serra enfrentaria resistência da ala que defende aproximação com Dilma Rousseff.
Presidente nacional do PPS, Roberto Freire (SP) conta que, desde o ano passado, discute com Serra o projeto de criação de um outro partido. "Poderíamos criar uma nova sigla. Isso foi conversado com Serra", admite Freire, reconhecendo que a disputa pela Presidência ainda está em seu horizonte. "Serra continua ativo."
Editoria de Arte/Folhapress
Já neste ano, após passar as festas do fim de ano na Bahia, Serra recebeu Freire para uma análise do cenário nacional. Para Freire, é desnecessário discutir a mudança agora. "Enquanto ele não decidir efetivamente [se é candidato], não adianta."
Ainda segundo tucanos, Serra avisa que vai submergir até depois do Carnaval. Um de seus principais apoiadores --que foi seu vice no governo de São Paulo--, Alberto Goldman afirma que ele só deverá tomar uma decisão depois de maio, mês em que ocorrerá a eleição da nova Direção Nacional do PSDB.
Caso seu grupo saia enfraquecido da disputa, aumentam as chances de ele abandonar a legenda.
Segundo Goldman, a troca de partido já foi discutida. Mas ele "espera passar o tempo". "Serra não pendurou as chuteiras. Está ouvindo os aliados", diz Goldman.
"Serra ainda não verbaliza. O fato é que ele está amadurecendo. Teve 45% dos votos, tem capital", acrescenta.
A hipótese de mudança não conta, porém, com adesão de todos os serristas. Aliados dizem não haver sigla com estrutura suficiente para uma campanha à Presidência nem tempo hábil para a criação de uma nova.
O ideal, argumentam, é que Serra tente se fortalecer dentro do PSDB como alternativa a Aécio.
A Folha não conseguiu falar ontem com o ex-governador, que é fundador do PSDB.